Lambe Olhos

(Leurotrigona muelleri )

TÓPICO 1

FONTE: Cursos CPT

A abelha Lambe-Olhos é uma espécie nativa e corre risco de extinção. É uma abelha resistente às intempéries, como calor, sol e chuva. Possui o ferrão atrófico, que não se desenvolveu, portanto é incapaz de picar. A forma de se defender é bastante conhecida: procura os olhos das pessoas a fim de lamber a secreção que umedece o globo ocular. Em vários estados brasileiros, essa abelha é encontrada nas cidades, em tubulações elétricas, ou em muros de tijolo baiano. Seu enxame é, na maioria das vezes, mediano e pequeno. Da mesma forma, a produção de mel e o estoque de pólen são processos muito lentos, já que é uma abelha Lambe-Olhos é bem pequenina.

Apesar do seu tamanho, a defesa é realizada por 3 a 4 operárias-guardas na abertura do tubo de entrada da colônia, que mede cerca de 0,5 cm de diâmetro. Quando acontece a invasão de intrusos, como abelhas de outras colônias ou formigas, as operárias imediatamente retiram resina do depósito com as mandíbulas e a grudam no invasor, imobilizando-o.

Ocorrência: A Lambe-Olhos é uma abelha encontrada na Bahia, no Espírito Santo, em Goiás, no Maranhão, no Mato Grosso, no Mato Grosso do Sul, em Minas Gerais, no Paraná, na Paraíba, em Rondônia, em Santa Catarina, em São Paulo, no Tocantins, no Paraguai e no Peru.

Morfologia: A abelha Lambe-Olhos é considerada a menor abelha do mundo, com aproximadamente 1,5 milímetros. Possui a coloração do corpo negra, com asas maiores do que sua extensão corporal.

Ninho: A entrada da colônia da Leurotrigona muelleri é um pequeno tubo, feito de cerúmen, de cor escura permitindo a passagem de mais de uma abelha. As operárias constroem potes, para armazenamento do pólen e mel, ligeiramente ovalados e de coloração amarela clara, aparentemente com pouca mistura de resina e translúcida, quase que exclusivamente de cera da própria abelha. As células de cria são construídas, em forma de cacho, ligadas umas as outras por um pequeno pilar de cera. Já as células novas com ovos e larvas em fase de alimentação são menores que as células já com casulos, isto é com pupas.

Tarefas de manutenção do ninho, cuidados com a prole, coleta de alimento e defesa são tarefas de grupos etários de operárias, variando conforme às condições e às necessidades da colônia. Na medida em que as operárias envelhecem, vão mudando de atividade dentro da colônia.

Células de cria: Quando as células de cria estão prontas, a rainha inspeciona o seu interior. Enquanto isso, as operárias começam a se inserir na célula e logo inicia a deposição de alimento por regurgitação. Em seguida, a rainha bota um ovo sobre esse alimento. Uma operária sobe na célula tratada, insere o abdômen nesta e começa fazer movimento de rotação comprimindo o colar da célula com as mandíbulas e as pernas. Quando o colar é completamente abaixado, outras operárias ajudam a terminar a operculação da célula. Após a postura em uma célula tratada, a rainha segue em busca de outra célula onde todo processo é repetido.

Ciclo biológico da colônia:Quando há abundância de recursos, a população cresce, aumentam os estoques de alimento, bem como aumenta a produção de machos e rainhas virgens. Já nos meses de escassez de recursos, os estoques são consumidos e a população diminui consideravelmente. Quando a rainha mãe envelhece, novas rainhas são produzidas e ocorre a substituição da rainha mãe. As rainhas que emergem podem ser inicialmente mortas, mas uma é finalmente aceita, enquanto a rainha velha é atacada e morta pelas operárias.

Por Andréa Oliveira.

TÓPICO 2

FONTE – Dissertação para mestrado (Univesidade Federal de Campina Grande BA)

Distribuição geográfica

Bahia; Espírito Santo; Goiás; Minas Gerais; Maranhão; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Paraná, Santa Catarina; Paraíba; Rondônia, São Paulo e Tocantins.

Descrição

Abelha resistente às intempéries [chuva, calor e sol], embora possua um ferrão atrófico [que não se desenvolveu], é incapaz de picar. Quando importunadas pelas pessoas, procuram lamber a secreção que umedece o globo ocular, atitude esta de onde lhe provém o nome ‘lambe olhos’. Comumente é encontrada nos centros urbanos, ocupando tubulações elétricas, muros de tijolo baiano, etc. Considerada a menor abelha do mundo, mede aproximadamente 1,5 milímetros. Morfologicamente, caracteriza-se por possui uma coloração negra por todo o corpo. Suas asas são maiores do que a extensão de seu corpo. Seus enxames são médios ou pequenos. A entrada do ninho se apresenta como um pequeno tubo, feito por cerume de cor escura, possuindo um diâmetro de 0,5 cm, permitindo, ao mesmo tempo, a passagem de mais de uma abelha. Os potes construídos para o armazenamento do pólen e do mel, apresentam-se ligeiramente ovalados e possuem uma coloração amarela clara. As células de cria, em forma de cacho, são ligadas umas às outras por um pequeno pilar de cera. Bastante organizadas, à medida que as operárias envelhecem, passam a realizarem outras atividades dentro da colônia. Por ser bem pequena, os processos de produção do mel e de estoque de pólen, são caracterizados como sendo muito lentos. A entrada do ninho é defendida por 3 a 4 operárias-guardas, que ficam na abertura do tubo. No entanto, quando ocorre uma invasão, imediatamente, as operarias, utilizando-se das mandíbulas, retiram resina do depósito, grudando-a no invasor, imobilizando-o. A abundância de recursos faz com que a população cresça, oportunidade em que estoques de alimento são aumentados, havendo nesse período um aumento na produção de machos e de rainhas virgens. Durante os meses de escassez de recursos, os estoques existentes nos ninhos são consumidos e, de forma considerável, a população é diminuída. Quanto ocorre o envelhecimento da rainha mãe, esta é substituída por uma nova rainha produzida. Havendo a substituição, a rainha velha é morta pelas operárias. Atualmente, a Leurotrigona muelleri corre risco de extinção.

Referência

Silveira et al. (2002), Mateus (1998)

TÓPICO 3

FONTE – Criando Abelhas

Abelha Lambe-Olhos (Leurotrigona muelleri).
A abelha Lambe-Olhos é considerada a menor abelha do mundo, com aproximadamente 1,5 milímetros. Possui a coloração do corpo negra, com asas maiores do que sua extensão corporal.
A entrada da colônia da Leurotrigona muelleri é um pequeno tubo, feito de cerúmen, de cor escura permitindo a passagem de mais de uma abelha. Ela é uma espécie nativa e corre risco de extinção. A forma de se defender é bastante conhecida: procura os olhos das pessoas a fim de lamber a secreção que umedece o globo ocular. Seu enxame é, na maioria das vezes, mediano e pequeno. Da mesma forma, a produção de mel e o estoque de pólen são processos muito lentos, já que é uma abelha Lambe-Olhos é bem pequena

Fonte: Criando Abelhas (https://criandoabelhas.wordpress.com)