Endereço
Av. Padre José Marins, 891
Pratânia / São Paulo
CEP: 18660-200
Entre em contato
- contato@meliponarioctres.com.br
- (14) 99806 4344

© Copyright 2022 CTrês. Todos direitos reservados.
Nosso site utiliza cookies para ajuda-lo na navegação e análise de tráfego de dados. Ao aceitar, e permanecer em nosso site, automaticamente estará concordando com o uso de cookies.
TÓPICO 1
FONTE:@entreespinhoseferroes
Tem esse nome devido ao fato de seu mel – que é tóxico e inapropriado para consumo – muitas vezes produzir efeitos alucinógenos sobre quem o consome. O mel também é inapropriado em razão desta abelha ter hábitos pouco higiênicos, havendo relatos de operárias coletando substâncias em animais putrefatos. É muitas vezes confundida com Scaptotrigonas e Partamonas, porém se difere por sua morfologia e seu comportamento manso que destoa da maioria das espécies desses outros gêneros. É uma abelha ainda pouco manejada e estudada. Seus ninhos são construídos em meio à raízes de árvores grandes, em contato com o solo.
Fonte: @entreespinhoseferroes
TÓPICO 2
FONTE – @meliponarioasis
Abelha Feiticeira (Trigona Recursa)
Medindo aproximadamente 8 mm esta abelha produz mel alucinógeno que era muito usado em rituais indígenas pelas tribos que habitavam a mata atlântica. – Feiticeira Abelha (Trigona Recursa) Medindo aproximadamente 8 milímetros, esta abelha produz mel alucinógeno, amplamente utilizado em rituais indígenas pelas tribos que habitavam a Mata Atlântica.
Fonte: @meliponarioasis
TÓPICO 2
FONTE – Guia Ilustrado das Abelhas Sem-Ferrão das Reservas Amanã e Mamirauá
Trigona recursa Smith
Nomes populares: feiticeira (Schwarz, 1948); vamos-embora (Monteiro, 1997); vamos-embôra, feiticeira, vamo-nosembora, puka-kam-mehn (Camargo & Pedro, 2012).
Distribuição geográfica: Região Neotropical: Bolívia (El Beni, La Paz, Santa Cruz); Brasil (Acre, Amazonas, Bahia,Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso,Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, SãoPaulo, Tocantins); Equador (Napo); Guiana (Alto Rio Takutu – Alto Rio Essequibo); Peru(Junín, Loreto).
Caracterização taxonômica:
Abelhas de tamanho médio, com comprimento total aproximado em torno de 5,4 mm (Figura 366); comprimento da asa anterior 5,1 mm; largura da cabeça 2,2 mm. Tegumento predominantemente enegrecido, excetopelas seguintes partes: face ventral dos escapos amarelada; face ventral do flagelo castanho mais claro que a dorsal (Figura 367); labro castanho claro; mandíbulas castanho-avermelhadas, a base enegrecida. Membrana alar levemente acastanhada, um pouco mais escurecida no terço apical próximo ao bordo anterior, as nervuras castanho-claro, mais escurecidas na metade basal, especialmente nas veias costa e subcosta, castanho enegrecidas, as microtríquias castanhas. Pilosidade plumosa pálido-acastanhada, mais esbranquiçada na metade inferior da face, amarelada na metade superior desta, as cerdas negras; cerdas do escapo relativamente longas, densas e espessas, com comprimento em torno de metade do diâmetro do escapo; cerdas eretas do clípeo relativamente longas, densas e espessas, em torno de uma vez o diâmetro do escapo, as das paroculares inferiores espessas, porém, em torno da metade do diâmetro do escapo; as cerdas eretas da fronte e vértice longas e espessas, em torno de duas vezes o diâmetro do escapo atrás dos ocelos, algumas com ramificações curtas próximo ao ápice; pilosidade plumosa da face relativamente curta, plumosa desde a base e decumbente, um pouco mais densa na fronte e nas paroculares médias e inferiores, conferindo aspecto aveludado, um pouco mais esparsa no clípeo, semi-eretos na fronte; pilosidade plumosa da gena bastante curta, fina, densa e decumbente, conferindo aspecto aveludado, muito mais intenso que na face; pilosidade plumosa do disco do mesoscuto ereta, densa e ramificada, cobrindo o tegumento por completo, intercalada por cerdas mais longas e espessas, em torno de uma vez o diâmetro do escapo; cerdas eretas intercalando os pelos plumosos do escutelo, bastante longas, ultrapassando três vezes o diâmetro do escapo; bordo posterior das tíbias posteriores com pelos plumosos, intercalados por cerdas mais longas e espessas; primeiro tergo praticamente glabro, cerdas decumbentes minúsculas formando uma faixa estreita no bordo posterior do tergo II, as cerdas gradativamente mais longas e espessas, em direção ao ápice do abdome; no tergo III, a faixa mais alargada e com cerdas mais longas e espessas medianamente, bem mais curtas que meio diâmetro do escapo; nos tergos IV e V, cerdas mais longas, espessas e esparsas no disco, em torno de meio diâmetro do escapo; no tergo VI, cerdas mais longas e esparsas que nos tergos anteriores, e torno de uma vez e meia o diâmetro do escapo, não intercaladas por pelos simples ou plumosos. Abdome alongado; esporão mesotibial presente; tíbias posteriores subraquetiformes, relativamente estreitas e rasas; área sedosa presente na face interna dos basitarsos posteriores, não ultrapassando a metade do comprimento dos basitarsos; mandíbulas com cinco dentes; vértice com elevação relativamente alta atrás dos ocelos, com carena bastante destacada.
Nidificação:
Nidifica comumente em termiteiro terrestre, ninhos subterrâneos e cavidades preexistentes (Mateus et al., 2009), sendo bastante comum na base de velhas árvores (Schwarz, 1940). Há relatos de estudos que encontraram ninho desta espécie no ipê-roxo ou pau-d´arco-roxo (Tabebuia avellanedae (Lor. ex Griseb.), Bignoniaceae) a alguns centímetros do chão (Monteiro, 1997). Camargo (1994) relata ainda que também são comuns nas áreas de roçados, onde as raízes dos troncos queimados propiciam muitas cavidades.
Entrada do ninho:
Segundo descrição feita por Dr. W. Weyrauch, a partir de um ninho observado em San Ramon, Peru, a entrada do ninho fica bem próxima ao solo e é composta por uma estrutura em forma de túnel produzida com uma resina granular preta, com medidas de 5 cm de largura e 7 cm de comprimento, com a estrutura completa do túnel medindo em torno de 10 cm de largura e 14 cm de comprimento (Schwarz, 1940). No ninho observado na RDSA o tubo de ingresso ao ninho era constituído por uma estrutura de cerume enegrecido, pouco ornamentada, que se projetava acima do solo cerca de 7 cm, com borda circular larga com cerca de 2,5 cm de diâmetro, sendo que, segundo proprietário do sítio, devido ao comportamento defensivo das abelhas, grudando nos cabelos das pessoas que comumente transitavam perto do ninho, visto que o mesmo se localizava embaixo da copa de uma árvore de cupuaçu, o tubo havia sido destruído diversas vezes na tentativa de fazer as abelhas mudarem de local, entretanto, o tubo de entrada era sempre reconstruído pelas abelhas. Segundo dados da literatura, o ninho pode ainda apresentar mais de um tubo de entrada, todos funcionais, no entanto, sendo os secundários em menor tamanho (Camargo, 1970).
Características do ninho:
Ninho examinado por Camargo (1970) media 18 cm de altura por 16 cm de diâmetro, apresentando três camadas de invólucros que envolvia tanto os potes de alimento, como os favos de cria. Os potes de alimento eram bojudos, medindo 1,5 cm de altura por 1,4 cm de diâmetro. As espécies do gênero constroem células reais. Existem relatos de Camargo de que essa espécie guarda excrementos de vertebrados na parte inferior do seu ninho (Nogueira-Neto, 1997) e produz grandes quantidades de cera (Cavalcante et al., 2000). Camargo & Roubik (1991) observaram a existência de muitas células reais nos ninhos estudados por eles.
Informações para manejo:
Não é indicada a sua criação para a extração de mel. Historicamente, a espécie (vamos embora) é associada a uma lenda que diz que “o melador entendido sabe que, se ele, após ter saboreado o mel dessa espécie, disser ao companheiro: ‘vamos embora’, ambos estão desgraçados, pois não encontrarão o caminho para casa, e embrenhando-se no mato, ai ficarão para sempre, podendo ficar com tontura, como que embriagado, passar mal e perder o rumo”. Dizem alguns que o mel é tóxico ou inebriante, o que explicaria a origem da prevenção contra esta espécie (Nogueira-Neto, 1997).
Defesa contra ataques de pragas:
Presença de diversas abelhas-guarda (15 a 20), ao redor da parte interna do tubo de entrada do ninho, reagem de forma defensiva (menos do que outras espécies do gênero), atacando com as mandíbulas e enrolando no cabelo (Camargo, 1970).
Fonte: Guia Ilustrado das Abelhas Sem-Ferrão das Reservas Amanã e Mamirauá
Av. Padre José Marins, 891
Pratânia / São Paulo
CEP: 18660-200
© Copyright 2022 CTrês. Todos direitos reservados.