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TÓPICO 1
FONTE – Meliponário Jardim (meliponario-jardim.blogspot.com)
Uruçu Amarela – Bugia (M. ruf. mondory)
A Uruçu Amarela ou Bugia, como é conhecida popularmente por ser da mesma cor do macaco Bugio nativo da mata atlântica (mata predominante no sudeste e sul do Brasil) .
Conhecida no Brasil como Uruçu amarela ou Rufiventris, mas é um nome comum pois existe no Brasil 4 espécies de Uruçu amarela mais conhecidas, entre elas:
-Uruçu amarela – Bugia (M. ruf. mondory) que é dominante na Mata Atlântica.
-Uruçu amarela – Planalto central (M. rufiventris rufiventris) que é dominante no centro do Brasil em regiões mais quentes.
-Uruçu amarela – Flavolineata (M. flavolineata) dominante no Maranhão e Pará em regiões mais úmidas.
-Uruçu amarela preguiçosa – (M. puncticollis) dominante no Pará e mata amazônica.
Essa são as espécies mais conhecidas das Uruçus amarelas. No entanto existem cerca de 14 subespécies.
Um enxame populoso em local de mata atlântica é capaz de produzir até 6 kg de mel pro ano e podem chegar tranquilamente de 4 a 5 mil abelhas em um enxame em condições favoráveis.
Realmente está espécie é suscetível a forídeos quando o enxame está mais novo, e para se obter sucesso na criação é preciso se trabalhar apenas com enxames a nível 70% de força ou mais, ao realizar divisão nesta espécie quando seu enxame não está suficientemente forte e com bom estoque de pólen e mel é muito provável a perda, pois por algum motivo a rainha se forma mais não começa a realizar postura, e assim o enxame é atacado por forídeos, e acaba definhando até a morte.
É incrível ver tamanha força e vontade de trabalhar na colecta de pólen e néctar desta espécie, mesmo no inverno, a primeira espécie a trabalhar e ter grande movimento são as Bugias, saindo mais cedo até que as Mandaçaias. E como são batalhadoras, acham pólen não sei onde e como!
TÓPICO 2
FONTE – Abelhando Mundo Afora (https://www.abelhandomundoafora.com.br/bugia)
A Uruçu Amarela ou Bugia, como é conhecida popularmente por ser da mesma cor do macaco Bugio nativo da mata atlântica (mata predominante no sudeste e sul do Brasil) é uma espécie da familia Apidae, subfamília dos Meliponinae, pertencente ao gênero Melipona, que engloba dezenas de espécies espalhadas por todos os estados do nosso país.
Essa é uma espécie muito popular entre os meliponicultores iniciantes e experientes, pois suas características bem produtoras e pacíficas a transformam em uma boa espécie para quem deseja comercializar mel, sendo que seu mel tem um sabor incrível e único e é muito apreciado pelo mercado nacional. Em contrapartida, é uma espécie muito importante pois já não ocorre naturalmente com a mesma frequência em meio natural, sendo mantida por muitos meliponicultores em sua área de ocorrência natural e até mesmo fora dela.
A Bugia é uma ótima polinizadora, sendo muito importante para a reprodução de diversas espécies vegetais!
Características Principais
A entrada do seu ninho é constituída principalmente de barro, em forma de raias convergentes, com presença de resinas vegetais de tom avermelhado, que tornam sua entrada bem característica para a espécie!
Como nas demais espécies do gênero Melipona, uma abelha guarda fica sempre posicionada na entrada da colônia, fazendo a vigia do ninho contra predadores ou demais animais indesejados.
A Bugia é uma espécie muito mansa de coloração amarelo-ouro e tamanho grande, apresenta o tegumento com a coloração variando do negro ao ferrugíneo, com o corpo coberto de pelos ferrugíneos/amarelados. Variando entre 11 e 13mm.
Ela é uma importante polinizadora e produtora de mel e de pólen, mas atualmente está ameaçada pela fragmentação dos habitats ao longo de sua área de ocorrência.
Suas colônias tem de 3.000 a 5.000 indivíduos, sendo considerada uma espécie bem populosa para o gênero.
Nidificam preferencialmente em ocos de árvores grandes e ocorrem em regiões mais úmidas, sendo encontrada quase exclusivamente na Mata Atlântica.
As células de cria são horizontais ou helicoidais, não ocorrendo células reais. O invólucro está presente e é constituído de várias membranas de cerume. Os potes de alimento possuem cerca de 4 cm de altura.
A Bugia é muito parecida com a Tujuba (Melipona rufiventris), que é originária de regiões de Cerrado.
Uma das principais maneiras de diferenciar as duas é que a Bugia tem as pernas traseiras amarelas, na mesma cor do corpo, e a Tujuba tem as pernas traseiras bem mais escuras, também sendo conhecida como pata-preta.
São abelhas bem generalistas com relação a forrageio, visitando uma gama grande de espécies vegetais para coleta de néctar e pólen, o que facilita o seu bom desenvolvimento em diversas regiões, desde que estejam dentro do seu bioma de origem que é, principalmente, a Floresta Ombrófila Densa.
Assim como todos os apídeos, as Bugia são eussociais e possuem uma sociedade organizada dividida em: operárias, zangões e rainha. O período completo de desenvolvimento de uma Melipona é de aproximadamente 38 dias, sendo 5 dias de desenvolvimento embrionário(ovo), 15 dias de estágio larval e 18 dias de estágio pupal. Após este período, na fase adulta, uma abelha vive entre 40 e 52 dias.
Regiões de Ocorrência:
Por se tratar de uma espécie de ocorrência na Mata Atlântica seu endemismo se dá em regiões mais úmidas.
A Bugia pode ser encontrada ocorrendo naturalmente do Rio Grande do Sul até a Bahia, sendo encontrada com mais frequência em regiões litorâneas, pois em geral são regiões mais quentes e úmidas, o que propicia o bom desenvolvimento dessa espécie.
Vale ressaltar que apesar de sua ocorrência na literatura citar o estado do Rio Grande do Sul, foi vista com mais frequência a partir de Santa Catarina, ficando limitada a regiões costeiras e montanhosas próximas a Criciúma-SC.
Por fim, deixo aqui um alerta! A Bugia é uma abelha de ocorrência natural em regiões úmidas e quentes, sendo endêmica da Mata Atlântica, portanto não aconselho a criação desta espécie fora de sua região de ocorrência natural, pois a introdução de espécies em biomas diferentes do seu de origem é uma situação complexa e pode causar graves problemas ao ecossistema da região.
Além disso, por se tratar de uma espécie pouco resistente ao frio extremo, colônias introduzidas em regiões de clima mais frio podem sofrer bastante no inverno, podendo acarretar a morte da colônia!
Portanto, se você é meliponicultor, ou pensa ser, adquira espécies de ocorrência natural em sua região, assim evitamos maiores problemas para os demais ecossistemas e a perda de colônias introduzidas em locais diferentes de sua região de origem e só assim podemos realmente contribuir para a preservação das espécies de abelhas nativas do nosso país!
Gabriel Benosk
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