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TÓPICO 1
FONTE: Guia Ilustrado das Abelhas Sem-Ferrão das Reservas Amanã e Mamirauá
–Cephalotrigona capitata (Smith, 1854)
Nomes populares:
Abelha-papaterra, mombucão, currunchos, guare negra, mombuca, eiruzú, negrito, eirusú, eirusú-grande,mumbuca, bombuca, jiu-butu, papa-terra
Distribuição geográfica:
Região Neotropical: Argentina (Misiones); Bolívia (Cochabamba, El Beni, La Paz); Brasil(Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Pará, Santa Catarina, São Paulo); Colômbia (Cundinamarca, Meta); Guiana Francesa(Kourou);Guiana (Cuyuni-Mazaruni, Mahaica-Berbice, Potaro-Siparuni,Upper Demerara-Berbice);Paraguai (Alto Rio Paraguai, Alto Rio Paraná); Peru (Junín, Loreto);Suriname (Marowijne, Para); Trinidad e Tobago;Venezuela (Bolívar).
Caracterização taxonômica:
Abelhas de porte médio com comprimento total aproximado em torno de 8,6 mm ; comprimento da asa anterior 7,7 mm; largura máxima a cabeça 3,4mm. Tegumento predominantemente castanhoenegrecido. Cabeça enegrecida, um pouco mais clara (castanho-escura) nas mandíbulas ; labro enegrecido; mesoscuto enegrecido margeado lateralmente por estria larga amareloesmaecida; axilas amarelo-esmaecidas ; escutelo enegrecido, com estria amarelo-esmaecida interrompida margeando grande parte do bordo posterior, medianamente; pernas enegrecidas por completo; mesepisternos enegrecidos. Pilosidade geral esbranquiçada, a plumosa bastante curta, especialmente na cabeça e lados dos mesepisternos; certas amareladas curtíssimas e decumbentes no mesoscuto; cerdas mais compridas no bordo posterior do escutelo (castanho-enegrecidas, bastante esparsas), nos mesepisternos e propódeo
(amareladas); cerdas mais longas que os pelos plumosos, destacadamente enegrecidas e mais espessas nos fêmures e tíbias posteriores; bordo posterior da metatíbia sem pelos plumosos. Abdome alongado, enegrecido; tergos pouco brilhosos, com tesselação evidente, cobertos por pilosidade amarelada extremamente curta e decumbente, quase imperceptível (vista apenas de perfi l), com exceção dos tergos V (terço apical) e VI,com cerdas enegrecidas, mais longas, relativamente espessas e bastante esparsas. Tegumento no geral com pontuação bastante densa e marcada, mais marcada e esparsa no clípeo, densa e marcada nos mesepisternos, densa e menos marcada na fronte, densa e bastante fi na no mesoscuto e ainda mais densa, porém extremamente fi na, nos tergos; esporão mesotibial ausente. Outras informações taxonômicas sobre esta espécie,incluindo variações da coloração ao longo de sua distribuição geográfi ca podem ser encontradas em Smith (1854) e Schwarz (1948).
Nidificação:
Os ninhos observados por nossa equipe na região de Tefé (AM) foram encontrados
em ocos de troncos de árvores vivas, como tambémobservado por Vergara et al. (1986) e Cavalcante etal. (2000). Foram registrados ninhos desta espécie compartilhando ocos de árvores com outras espécies de meliponíneos (Schwarz, 1948). Vergara
et al. (1986), ao estudarem ninhos desta espécie na Colômbia, indicam que os ninhos encontrados estavam entre 0,95 e 1,27m sobre o nível do solo.
Há registro na literatura da ocorrência de C. capitata no México, nidificando em cavidades de rochas calcárias (Nogueira-Neto, 1997). Como essa espécie não tem sido registrada atualmente no México, provavelmente, esses registros se refiram a uma das espécies mexicanas (Cephalotrigona eburneiventer (Schwarz, 1948), Cephalotrigona oaxacana Ayala, 1999 ou Cephalotrigona zexmeniae (Cockerell, 1912)), mais provavelmente à espécie C. zexmeniae, que tem sido reportada para a Península
de Yucatan, onde ocorreram tais registros relatados.
Entrada do ninho:
Os ninhos observados dessa espécie no Amazonas apresentaram uma entrada de cerume endurecido escuro, constituída por uma pequena saliência externa em forma de língua, a qual funciona como plataforma de pouso e decolagem. Na literatura, entretanto, há registro de ninhos que não apresentaram entrada projetada para
o exterior (Vergara et al., 1986; Nogueira-Neto, 1997).
Características do Ninho:
Apresenta os favos de cria horizontais, envoltos pelo invólucro, sendo os
potes de armazenamento bojudos e relativamente grandes, construídos na periferia do invólucro, dispostos, geralmente, em grupos separados, os de pólen e os de mel. Os discos de cria também podem ocorrer em partes, separados por massas de invólucros (Schwarz, 1948). Segundo relatos da literatura, apresenta ainda depósito
permanente de detritos (Nogueira-Neto, 1997). Em ninho aberto descrito na literatura, já foram encontrados somente 4 potes de pólen em contraste com inúmeros potes de mel, sendo que os potes apresentaram paredes finas, deixando bastante
espaço para o conteúdo interno (mel ou pólen), com tamanho em torno de 52 X 40 mm (Schwarz, 1948). Essa espécie produz grandes quantidades de cera em seus ninhos (Cavalcante et al., 2000).
Informações para manejo:
como são abelhas extremamente mansas, que produzem mel bom e em bastante quantidade, talvez, por isso seja comumente criadas (Schwarz, 1948). Segundo
estudos, as operárias dessa espécie apresentam raio de ação 1.600 m (Roubik & Aluja, 1983). Numa transferência ou captura dessa abelha é importante tomar muito cuidado com a integridade dos potes de pólen transferidos, para que não haja aberturas ou rachaduras. Caso contrário, aconselha-se não transferir potes de pólen, pois é uma espécie bastante suscetível ao ataque de forídeos (mosca vinagreira), cujas larvas podem destruir toda a colônia (Nogueira-Neto, 1997).
Fonte: Guia Ilustrado das Abelhas Sem-Ferrão das Reservas Amanã e Mamirauá, Amazonas, Brasil
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TÓPICO 2
FONTE – Cursos CPT
Mombucão (Cephalotrigona capitata)
A abelha Mombucão é muito mansa, vivendo em colônias grandes, localizadas em ocos de árvores. A entrada dos ninhos é pouco visível e de tamanho reduzido, não havendo tubo de entrada. Os favos de cria são geralmente helicoidais, mas também podem ser horizontais, ocorrendo células reais. Nesta espécie, ocorrem também rainhas miniaturas, provenientes de células de tamanho normal, como as usadas para a criação de operárias e machos. Há um invólucro em torno das células de cria. Os potes de alimento são grandes, podendo ter cerca de 4 cm de altura. A população dos ninhos é de 1.000 a 2000 abelhas. Uma característica muito importante da Mombucão é que ela necessita de muita umidade interna na colônia. Quanto mais umidade, melhor para a colônia.
Ocorrência: A Mombucão é encontrada no Espírito Santo, em Minas Gerais, no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo.
Morfologia: A Cephalotrigona capitata apresenta comprimento total de 7,5 a 10 mm, com corpo em sua maior parte mate e preto, com as margens do mesonoto e os lóbulos basais do escutelo amarelos. O abdômen é vermelho, ou todo preto, com as margens apicais dos tergitos amareladas. As asas são consideravelmente mais compridas do que o corpo, esfumaçadas e com nervuras ferrugíneas.
Ninho: A abelha Mombucão nidifica em ocos de árvores, frequentemente bem próximo à base. A entrada do ninho é pequena e pouco visível.
Mel: Seu mel é pouco saboroso.
Ameaças: O desmatamento e a urbanização (inclusive a construção de estradas) são as principais ameaças a esta espécie, pois provocam a redução da disponibilidade de locais para a nidificação, considerando que para isso são necessárias árvores ocas, com troncos avantajados, restringindo paralelamente os recursos florais disponíveis. O desmatamento também provoca a fragmentação dos habitats, isolando populações que podem se tornar inviáveis do ponto de vista genético, uma vez que a endogamia pode ter consequências nefastas nos Meliponinae.
Por Andréa Oliveira.
Fontes: Embrapa, USP, WebBee e Wikipédia
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